O
dia estava lindo. O céu avermelhado do sol. Dentro desta casa bonita, estava
ainda se espreguiçando na cama, o Pedrinho. Sua casa ficava num lugar afastado
da cidade. Era muito bom morar ali.
__Levante,
Pedrinho, vamos ao zoológico, disse o papai.
__Zoológico?
Mas, papai, hoje é domingo, eu quero ir à Igreja. É tão bom lá! Eu gosto de
cantar, de desenhar. Eu gosto das professoras. Eu não quero ir ao zoológico hoje,
papai.
__Pedrinho,
quem manda em casa sou eu. Você precisa passear também. Esse negócio de todos
os domingos ir à Igreja não é certo. Apronte-se e vamos ao zoológico.
Dentro
de meia hora, Pedrinho estava dando "até logo" para mamãe. Não
demorou muito, com aquele dia maravilhoso, chegaram ao zoológico. Pedrinho
estava triste, pensando na Igreja, na falta que ia levar e naquela hora ele
orou: "Ó Deus, eu preferia estar na Tua casa, mas preciso obedecer ao
papai. Faça com que papai também possa conhecer a jesus Cristo e que sinta que
só Tu és Deus. Em nome de Jesus, amém."
Era
uma festa, o zoológico. Pedrinho viu elefante, leão, cegonha, e os macacos? Que
engraçados! Pedrinho riu muito com eles.Comeu pipoca, tomou sorvete, chupou
pirulito. Sentaram-se na grama para descansar, e ao mesmo tempo, olhar os
patinhos tão lindos. Naquele dia, papai não teve pressa. Pedrinho já estava
cansado. À tarde voltaram pra casa, no caminho de volta papai falou:
__Viu,
não foi melhor do que ir na Igreja? Do que ficar trancado lá dentro? Você está
corado, tomou sol!
__
Papai, estou com frio.
__Frio,
com este calor?
Papai
parou o carro. Pôs a mão na testa do menino e viu que ele estava com febre. E
febre alta. Ligou o carro e foi voando pra casa. Pedrinho estava se sentindo
muito mal. Cada vez pior. Quando chegou em casa, mamãe ficou aflita. logo
preparou a caminha e Pedrinho deitou.
Chiu!
Silêncio. Ninguém fazia barulho. Mamãe deu um remédio para baixar a febre e
esperou. O dia começou a ir embora. Foi ficando noite, a lua já apareceu e
Pedrinho estava ficando pior. Mamãe falou ao papai:
__Vá
até a vila e veja o médico que está lá. É melhor. Pedrinho está piorando.
Papai
saiu correndo. Pegou o carro...
...e
dentro de meia hora estava na Vila. Era noite, domingo, as placas estavam nas
portas "Médico", mas ninguém atendia. E o tempo ia passando e seu
filhinho cada vez pior. Viu uma casa muito linda e na porta:
"Médico". Havia luz lá dentro da casa. foi rápido. Tocou a campainha.
O próprio médico atendeu. Papai explicou tudo e o próprio médico fez a receita.
__É
preciso que o senhor vá imediatamente a uma farmácia. Depois de uma hora a
febre deverá baixar. se issi não acontecer, volte aqui. Mas é urgente.
O
pai de pedrinho saiu feito louco atrás de uma farmácia, não encontrou nenhuma
aberta. Pegou o carro e foi mais longe. Parece que viu uma luz em uma delas.
Foi até lá e bateu na porta de ferro desesperadamente. de dentro saiu o
farmacêutico que já ia dormir.
__Depressa,
faça esta receita pra mim. Meu filho está muito mal!
Papai
sentou-se e ficou olhando o farmacêutico pegar os vidrinhos e aprontar os
remédios. Assim que o farmacêutico lhe entregou , ele subiu no carro e saiu o
mais depressa possível.
O
farmacêutico abaixou a porta de ferro e , sonolento, foi fechar os vidros e
guardá-los. Quando ele olhou o vidro aberto, ficou gelado de susto. Não podia
acreditar no que via. Tinha pegado, diante de tanta pressa do pai do menino
doente, um vidro errado. E ele preparou toda a receita com VENENO. O
farmacêutico tornou a abrir a porta de ferro. Quem sabe o homem ainda estaria
por ali. Mas qual nada, ele já ia longe! O menino iria tomar veneno e morrer!
O
farmacêutico desesperado pensou: " O meu socorro vem do Senhor que fez o
céu e a terra." Ajoelhou-se e orou:
"Ó,
Deus, eu vou matar um menino sem querer. Não sei como fui trocar os vidros. Ó,
Deus, faça alguma coisa; não deixe o menino tomar aquele veneno. Em nome de
Jesus, amém." Acabou de orar e ficou muito tempo ali, ajoelhado sem
coragem de levantar.
Enquanto
isso o papai ia correndo levando o remédio para casa.
Sentiu
qualquer coisa estranha. Pneu furado!
__Essa
não! Meu filho à morte e meu pneu vai furar logo agora?!
A
noite ia alta. Ninguém na estrada. Tirou o paletó, desceu do carro e trocou o
pneu. Estava frio. Tornou a pôr o paletó, mas sentiu qualquer coisa fria no
peito. Não! gritou. Não é possível! Que vou fazer?! O vidro de remédio que
coloquei no bolso quebrou-se! Não! Gritou outra vez. Que perseguição! Olhou o
vidro . Escorreu tudo. Não sobrou nada. Brava e resmungando, não teve outra
coisa a fazer senão voltar para a farmácia. Foi a toda velocidade.. Desceu do carro
e bateu com toda força na porta. mal bateu, o farmacêutico levantou. Tão rápido
que o pai assustou-se.
__O
senhor voltou. Deu o remédio ao menino?
__Não!
Gritou o pai. O vidro quebrou-se.
O
farmacêutico sentou-se no chão. Não podia nem parar de pé.
__Que
foi? Anda, eu quero outro remédio.
__Venha
aqui. O senhor viu quando eu preparei o outro remédio, não viu? Pois leia o que
está escrito aqui:_VENENO. Uma gota que seu filho tivesse tomado, teria
morrido. Eu fiquei até agora ajoelhado, pedindo a Deus que fizesse alguma
coisa, mas que seu filho não tomasse o remédio.
O
pai, incrédulo, sentou-se e disse:
__O
vidro quebrou-se, Deus existe. Agora eu creio.
Rapidamente
prepararam outra receita e foram embora. Foram, porque o farmacêutico quis ir
junto.
Assim
que chegaram, o menino ainda muito mal, disse:
__Você
chegou, papai! Demorou! Pedi a Deus que o guardasse. Papai ajoelhou-se junto a
cama do filhinho e disse:
__Meu
filho, antes que você tome o remédio eu quero lhe dizer que agora eu creio em
Deus, sei que Ele é real. Ele existe. Domingo vou com você à Igreja.
O
menino sorriu, e fez também uma oração: "Obrigado, Ó Deus, porque Tu me
ouviste".
O
farmacêutico fez questão de dar o remédio ao Pedrinho. Ficaram esperando mais
de uma hora. Logo algumas gotinhas de suor começaram a escorrer nas faces do
doentinho. A febre baixava. Estava salvo.
Sabem?
Domingo seguinte foram à Igreja, mamãe, Pedrinho e papai.
Deus
é maravilhoso!!!
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