Queridos leitores...

No blog Histórias da Sementinha reúno histórias Bíblicas infantis para serem trabalhadas com as crianças, meu intuito é cooperar para que a Palavra de Deus possa chegar às crianças de forma lúdica, eficaz e verdadeira. As histórias contidas no blog foram coletadas na internet para o meu uso pessoal, com o tempo comecei a postar para deixá-las reunidas de forma a facilitar meu ministério diário, o que começou como uma simples coleção de histórias se espalhou e se tornou útil também para diversas pessoas, sendo mães, pais, avós e ministros do evangelismo infantil. Estou completamente aberta à sugestões e críticas CONSTRUTIVAS. Se for encontrado no blog qualquer erro de ortografia, irregularidade ou histórias que estão em desacordo com a Bíblia Sagrada peço que entre em contato comigo para que eu possa imediatamente corrigir, me retratar ou excluir a postagem, peço a compreensão de todos e apesar do meu pouco tempo disponível para a manutenção deste blog, espero que ele seja diariamente um instrumento de bênção na vida das pessoas, principalmente àqueles que possuem pouco ou nenhum recurso para a divulgação do Evangelho de Jesus Cristo nosso Senhor. Aproveitem as histórias, divulguem e não esqueçam de deixarem mensagens, farei questão de responder a cada uma! Que Deus abençoe cada visitante! Meditem Salmo 139.

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8 de janeiro de 2013

Abubaquer


VERSÍCULO BÍBLICO PARA MEMORIZAÇÃO:
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” Mateus 6:6



Tudo aconteceu na época da 2ª Guerra Mundial. Exércitos inimigos invadiam as aldeias na Índia. Casas eram destruídas, pessoas morriam e famílias inteiras ficavam separadas.
Abubaquer era filho único, amava seus pais. Ele não queria imaginar que essa tragédia pudesse acontecer a ele. Ficar longe do pai? Nem pensar!



Todos os dias Abubaquer chegava da escola, almoçava com a mamãe, fazia o seu dever de casa e passava o resto da tarde na mercearia do pai. O pai vendia pão, leite, frutas, cereais, brinquedos feitos em madeira e pipas. Abubaquer ajudava o pai nas vendas. Ele ficava ansioso, olhando para o relógio, pois às 17 horas em ponto, o pai fechava a mercearia e os dois subiam uma montanha para soltar pipa. Abubaquer ficava tão feliz, ficar bem pertinho do papai era tudo o que ele queria.
p> Abubaquer era filho único, amava seus pais. Ele não queria imaginar que essa tragédia pudesse acontecer a ele. Ficar longe do pai? Nem pensar!


Em certas ocasiões, o papai dizia:
— Hoje não vai dar para brincar, soltar pipa. Eu tenho que pintar a cerca.”
Abubaquer dizia:
— Não tem importância, papai, eu só quero ficar pertinho de você, eu posso até mesmo lhe ajudar!
Estar bem junto do papai era tudo o que Abubaquer queria.

Num certo dia, porém, Abubaquer almoçava com a mamãe, o pai estava saindo para ir à mercearia, quando ouviram os gritos dos vizinhos:
— Fujam! Fujam! Soldados inimigos estão aí! Fujam!



Era tarde demais! O papai foi capturado. Um soldado enorme o agarrou e o levou. Abubaquer e a mamãe conseguiram fugir junto com outros vizinhos. Correram muito, foram o mais rápido que puderam...



O tempo passava lentamente. A mamãe conseguiu se estabelecer em uma nova aldeia. Ela conseguiu trabalho, conseguiu uma casinha para morar, uma nova escola para Abubaquer. Mas ele não queria reagir, não comia, não brincava com os novos amigos, não queria ir à escola...



Habubaquer só pensava no papai e no dia me que pudesse encontrá-lo novamente.
A mãe de Abubaquer estava muito preocupada, ela dizia:
— Abubaquer, você precisa reagir, sair dessa tristeza. Comer, brincar, ir à escola. Quem sabe, um dia, a gente encontra o papai.
— A mamãe tem razão! Eu preciso reagir! – pensou Abubaquer.
Ele decidiu ir à escola. Quando voltou, enquanto passava diante de uma casa, Abubaquer percebeu que algumas crianças estavam de joelhos, com as mãos postas, conversando com alguém. Elas estavam de olhos fechados e Abubaquer não entendia com quem elas falavam, pois ele não via ninguém por perto. Ele ficou muito curioso, queria saber com quem as crianças falavam! Abubaquer esperou. Quando um dos meninos saiu, Abubaquer perguntou:

— Ei, amigo! Com quem vocês estavam falando, eu fiquei tão curioso, quis ficar aqui esperando, só para perguntar.



O menino parou, olhou atentamente para Abubaquer e lhe perguntou:
— Abubaquer, você já ouviu falar de Jesus?
— Eu, não, quem é “Ele”?
— Ele é o único e perfeito filho de Deus, que veio do céu, nasceu como um nenê para morrer numa cruz e ser o nosso Salvador. Ele venceu a morte e ressuscitou para nos dar vida, vida eterna, que dura para sempre. Ele é tão poderoso, Abubaquer, que Ele faz existir as coisas que não existem (Romanos 4:17).
Deus criou tudo o que há apenas falando.
Abubaquer ficou tão impressionado, ele não conhecia nada sobre Deus, sobre Jesus... Ele pediu a Jesus que perdoasse os seus pecados.
Abubaquer se despediu do menino e foi embora.




No caminho, ele entrou numa venda, comprou uma pipa e escreveu nela um recadinho assim:
— Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha. Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa.
Abubaquer subiu na montanha mais alta e soltou a pipa. Ele deu toda linha que ele tinha. A pipa chegou bem pertinho das nuvens. Abubaquer pensou:
— Agora sim, Deus já leu o meu recadinho, a pipa chegou lá bem pertinho d’Ele!
De repente, a linha da pipa arrebentou e ela foi embora, caindo... Abubaquer pensou:
— Não tem problema, Deus já leu mesmo! Eu vou para casa esperar o papai chegar.
Em outra cidade, numa estação de trem, um homem esperava ansioso que os passageiros descessem. Era o pai de Abubaquer. Ele tinha esperança que Abubaquer e a mamãe descobrissem onde ele estava e fossem ao seu encontro. Ele ia todos os dias à estação e esperava a chegada do trem.Ele sempre ficava decepcionado.



Nesse dia, porém, ele percebeu que havia uma pipa presa no alto do último vagão. Ele se lembrou de Abubaquer, era a brincadeira predileta do filho. Ele correu até o trem, retirou a pipa e, para sua surpresa, leu:
— Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha. Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa.
Quando o pai leu aquele bilhete, pulou de alegria! Aldeia da Montanha é para lá que eu preciso ir.



O papai entrou na estação e foi rapidamente para a Aldeia da Montanha. Quando ele desceu do trem, entrou numa mercearia e perguntou ao dono:
— O senhor conhece um menino chamado Abubaquer?
As aldeias eram bem pequenas, todos se conheciam.
O homem respondeu:
— Conheço, sim. Ele mora na rua de cima, na terceira casa à direita.



O papai encontrou a casa, bateu na porta e Abubaquer veio atender. Quando ele viu o pai, gritou:
— Papai! Papai! Deus existe de verdade! Ele trouxe você de volta pra casa.
O pai abraçou Abubaquer, abraçou a mamãe. Ele queria saber sobre “Deus”, que é Todo Poderoso, que faz existir o que não existe.
O Deus que faz uma pipa voar quilômetros, só para que um pai reencontre a sua família.




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