1 -
Águas em Sangue
Os
egípcios tributavam honras divinas ao rio Nilo, e reverenciavam-no como o
primeiro dos seus deuses. Diziam que ele era o rival do céu, visto como regava
a terra sem o auxílio de nuvens e de chuva. O fato de se tornar em sangue a
água do sagrado rio, durante sete dias, era uma calamidade, que foi causa de
consternação e terror. (Ex 7.14...)
2 -
A praga das rãs
Na
praga das rãs foi o próprio rio sagrado um ativo instrumento de castigo,
juntamente com outros dos seus deuses. A rã era um animal consagrado ao Sol,
sendo considerada um emblema de divina inspiração nas suas intumescências. O
repentino desaparecimento da praga foi uma prova tão forte do poder de Deus,
como o seu aparecimento. (Ex 8.1...)
3 -
Piolhos
A
praga dos piolhos foi particularmente uma coisa horrorosa para o povo egípcio,
tão escrupulosamente asseado e limpo. Dum modo especial os sacerdotes rapavam o
pelo de todo o corpo de três em três dias, a fim de que nenhum parasitos
pudessem achar-se neles, enquanto serviam os seus deuses. Esta praga abalou os
próprios magos, pois que, em conseqüência da pequenez desses insetos, eles não
podiam produzi-los pela ligeireza de mãos, sendo obrigados a confessar que
estava ali o "dedo de Deus" (Ex 8.19).
4 -
Moscas
As
três primeiras pragas sofrem-nas os egípcios juntamente com os israelitas, mas
por ocasião da separou Deus o povo que tinha escolhido (Ex 8.20-23). Este
milagre seria, em parte, contra os sagrados escaravelhos, adorados no Egito.
5 -
Peste no gado
A
quinta praga se declarou no dia seguinte, em conformidade com a determinação
divina (Ex 9.1). Outra vez é feita uma distinção entre os egípcios e os seus
cativos. O gado dos primeiros é inteiramente destruído, escapando à mortandade
o dos israelitas. Este milagre foi diretamente operado pela mão de Deus, sem a
intervenção de Arão, embora Moisés fosse mandado a Faraó com o usual aviso.
6 -
Úlceras e tumores
(Ex
9.8) A sexta praga mostra que, da parte de Deus, tinha aumentado a severidade
contra um monarca obstinado, de coração pérfido. E aparecia agora também Moisés
como executor das ordens divinas; com efeito, tendo ele arremessado no ar, na
presença de Faraó, uma mão cheia de cinzas, caiu uma praga de úlceras sobre o
povo. Foi um ato significativo. A dispersão de cinzas devia recorda aos
egípcios o que eles costumavam fazer no sacrifício de vítimas humanas,
concorrendo o ar, que era também uma divindade egípcia, para disseminar a
doença.
7 -
A Saraiva
(Ex
9.22) Houve, com certeza. algum intervalo entre esta e a do nº 6, porque os
egípcios tiveram tempo de ir buscar mais gado à terra de Gósen, onde estavam os
israelitas. É também evidente que os egípcios tinham por esta ocasião um
salutar temor de Deus de Israel, e a tempo precaveram-se contra a terrível praga
dos trovões e da saraiva. (Ex 9.20).
8 -
Os gafanhotos
Esta
praga atacou o reino vegetal. Foi um castigo mais terrível que os outros,
porque a alimentação do povo constava quase inteiramente de vegetais. Nesta
ocasião os conselheiros de Faraó pediram com instância ao rei que se
conformasse com o desejo dos mensageiros de Deus, fazendo-lhes ver que o país
já tinha sofrido demasiadamente (Ex 10.7). Faraó cedeu até certo ponto,
permitindo que somente saíssem do Egito os homens; mas mesmo isto foi feito com
tão má vontade que mandou sair da sua presença a Moisés e Arão (Ex 10.7-11).
Foi então que uma vez mais estendeu Moisés o seu braço à ordem de Deus,
cobrindo-se a terra de gafanhotos, destruidores de toda a vegetação que tinha
escapado da praga da saraiva. Outra vez prometeu o monarca que deixaria sair os
israelitas, mas sendo a praga removida, não cumpriu a sua palavra.
9 -
Três dias de escuridão
A
praga das trevas mostraria a falta de poder do deus do sol, ao qual os egípcios
prestavam culto. Caiu intempestivamente a nova praga sobre os egípcios, havendo
uma horrorosa escuridão sobre a terra durante 3 dias (Ex 10.21). Mas, os
israelitas tinham luz nas suas habitações. Faraó já consentia que todo o povo
deixasse o Egito, devendo contudo, ficar o gado. Moisés, porém rejeitou tal
solução. Sendo dessa forma a cegueira do rei, anunciou a última e a mais
terrível praga que seria a destruição dos primogênitos do Egito (Ex
10.24-11.8). Afastou-se Moisés irritado da presença de Faraó cujo coração
estava ainda endurecido (Ex 11.9,10).
10 -
A morte dos primogênitos
Foi
esta a última e decisiva praga (Ex 11.1). E foi, também, a mais claramente
infligida pela direta ação de Deus, não só porque não teve relação alguma com
qualquer fenômeno natural, mas também porque ocorreu sem a intervenção de
qualquer agência conhecida. Mesmo as famílias, onde não havia crianças, foram
afligidas com a morte dos primogênitos dos animais. Os israelitas foram
protegidos, ficando livres da ação do anjo exterminador, pela obediência às especiais
disposições divinas
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