Queridos leitores...

No blog Histórias da Sementinha reúno histórias Bíblicas infantis para serem trabalhadas com as crianças, meu intuito é cooperar para que a Palavra de Deus possa chegar às crianças de forma lúdica, eficaz e verdadeira. As histórias contidas no blog foram coletadas na internet para o meu uso pessoal, com o tempo comecei a postar para deixá-las reunidas de forma a facilitar meu ministério diário, o que começou como uma simples coleção de histórias se espalhou e se tornou útil também para diversas pessoas, sendo mães, pais, avós e ministros do evangelismo infantil. Estou completamente aberta à sugestões e críticas CONSTRUTIVAS. Se for encontrado no blog qualquer erro de ortografia, irregularidade ou histórias que estão em desacordo com a Bíblia Sagrada peço que entre em contato comigo para que eu possa imediatamente corrigir, me retratar ou excluir a postagem, peço a compreensão de todos e apesar do meu pouco tempo disponível para a manutenção deste blog, espero que ele seja diariamente um instrumento de bênção na vida das pessoas, principalmente àqueles que possuem pouco ou nenhum recurso para a divulgação do Evangelho de Jesus Cristo nosso Senhor. Aproveitem as histórias, divulguem e não esqueçam de deixarem mensagens, farei questão de responder a cada uma! Que Deus abençoe cada visitante! Meditem Salmo 139.

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31 de janeiro de 2013

Um presente para Carlitos



Era uma vez um menino bem pobrezinho.

O nome dele era Carlos. Mas... todos o chamavam de Carlitos.

Seus pais moravam em uma casinha alugada, num sítio bem próximo a cidade.

Seu Tonico, era o papai de Carlitos. Ele trabalhava em uma marcenaria, construindo mesas, cadeiras, armários.

Ele amava muito o seu filho Carlitos e ficava muito triste por não poder lhe dar belos presentes.

O natal estava chegando... e mais uma vez, o pequeno salário do sr. Tonico estava reservado para pagar o aluguel da casa e pagar os alimentos que comprara fiado no armazém do sr. 

Joaquim.

Seu Tonico estava muito triste por não poder comprar um presente para o filho. E enquanto caminhava naquela tarde quente até sua casa, teve uma linda ideia.

Ele decidiu fazer um pião com as sobras das madeiras da marcenaria onde trabalhava e que eram jogadas fora.

Assim... por vários dias, após terminar o seu serviço, ele continuava na marcenaria fazendo o pião com muito amor e carinho.

E assim que concluiu o serviço, olhou para o piãozinho e ficou muito feliz.
Até que ele era bem bonitinho.

Na véspera do Natal, ele colocou o pião no armário da cozinha e pediu que Carlitos fosse até lá, pegar um copo com água...

Como Carlitos era um garotinho muito obediente, logo foi ao armário da cozinha para pegar um copo e enche-lo com água.

Ao chegar perto do armário, logo avistou um lindo pião.

Tão lindo que Carlitos nem conseguiu lembrar do copo d'água para o papai.

O pai que estava vendo tudo, sorriu feliz. E Carlitos ficou mais feliz ainda, pois esse foi o seu primeiro presente de natal.

Agora... aonde Carlitos ia, levava o pião. Até colocou o nome nele de Frederico.

E até que o Frederico era bonitinho. Ele tinha listras azuis, verdes, amarelas e vermelhas. Seu rostinho era alegre e tinha um dente só... Era bem engraçadinho também.

E Carlitos gostou muito, muito, muito do presente do seu pai.

E assim Carlitos e Frederico tornaram amigos inseparáveis. Na escola, ele ficava guardado no meio dos cadernos. Na hora do recreio, ele comia a merenda rapidamente para brincar com o seu pião. Na hora de dormir, ele colocava Frederico ao lado do travesseiro para que quando acordasse pela manhã pudesse brincar com seu amiguinho pião.

Um dia, Carlitos precisou de mudar de casa. E assim começou a mudança, Carlitos com medo de perder o Frederico, colocou-o dentro do armário da cozinha.

A carroça, puxada a cavalos fez a mudança dos moveis. E num determinado momento, algo terrível aconteceu... Já estava chegando perto da nova casinha, quando a carroça bateu a roda em uma pedra, a porta de um dos armários se abriu e Frederico saiu rolando pelo caminho. E lá ficou Frederico... em meio as folhas e madeiras, no meio do caminho.
E ninguém nem percebeu...

Após descarregarem os poucos móveis de seu Tonico, Carlitos estava impaciente pois queria brincar logo com o pião. Mas ao procurá-lo... não encontrou. Procurou, procurou, procurou e nada.

Carlitos ficou muito triste e chorou, chorou, chorou...

Sua mamãe ficou muito triste por ver seu filhinho chorando. Tentou achar o pião, mas foi inútil.
Decidiu então fazer um bolo de fubá, o predileto de Carlitos. Começou a preparar a massa, só que não tinha lenha no fogão. Eles eram muito pobres, por isso, o fogão deles não era à gás, mas sim a lenha. Daí... pediu para que Carlitos fosse buscar um pouco de lenha nas redondezas...

Como Carlinhos era obediente, logo foi procurar a lenha, mas estava tão triste e chorando que nem percebeu direito o que estava fazendo. Foi catando uns gravetos daqui, outros ali e nem prestou atenção que junto com os gravetos e folhas secas estava o seu pião.

Ao chegar em casa, colocou os gravetos no fogão e sua mãe, acendeu o fogo.

Carlitos tão triste, olhou para a pequenina chama e para a sua surpresa... o que ele viu?

Frederico.

Carlitos não pensou duas vezes, voou até aonde estava Frederico e tirou-o o fogo rapidamente, antes que queimasse o seu amiguinho.

A mãozinha de Carlitos ficou meio chamuscada... A mamãe ralhou com ele, porque crianças nunca devem mexer com fogo...

Mas... Carlitos mesmo com as mãos machucadas conseguiu salvar o seu amigo Frederico. Sabe por que? Ele não desprezou o presente que seu pai lhe deu. Esse presente era muito precioso.

 Isso me faz lembrar um presente muito precioso que Papai do céu nos deu. Esse presente chama-se Jesus Cristo. Nunca despreze esse presente precioso. Ame Jesus Cristo e o tenha como seu melhor amigo, porque Ele deu sua vida para nos salvar...

O amiguinho do soldado





Um soldado recebeu uma carta que o informava estar gravemente enferma uma pessoa de sua família.

Sabia que seria inútil pedir licença para ausentar-se, pois havia pouco tempo que tinha tirado licença.

Se eu pudesse ver o presidente e contar-lhe o sucedido, estou certo de que alcançaria permissão para ausentar-me – pensou ele.

O presidente não morava longe do lugar onde o soldado estava aquartelado, por isso este segui imediatamente para lá, á fim de tentar obter uma audiência.

O portão estava fechado, e os guardas disseram que o presidente tinha negócios importantes e ordenara que ninguém fosse admitido.

O soldado já estava quase indo embora, estava desanimado...quando um rapazinho correu para eles e disse:

-Que deseja? Quer entrar?- perguntou o menino.

-Sim – respondeu o soldado, queria falar com o presidente, mais os guardas não me deixam entrar. O presidente não dá audiência hoje.

Venha, posso levar você lá dentro. Disse o pequeno garoto, ele é o meu pai, os guardas não podem impedir você de entrar. Vou apresentar você ao meu papai como um dos meus amigos.

Muito surpreendido, o soldado acompanhou o menino, o portão se abriu e eles entraram.

Em diversos lugares tinha guardas espalhados, mais não fizeram-lhe nenhuma pergunta, porque ele estava com o filho do presidente.

Quando chegaram a porta do aposento onde o presidente se achava, um guarda disse ao soldado:

- Não pode entrar, o presidente deu ordens para que ninguém entrasse, exceto seu filho.

Mas o menino vendo que o guarda não deixava o soldado entrar, ele gritou!

-Papai, eu quero entrar!

-Pois entra, meu filho! – respondeu o presidente

Mas...eu trago um amigo e o guarda não deixa ele entrar...

-Traze-o contigo, disse o presidente.

O guarda não mais fez objeção, e o soldado entrou e obteve a licença que desejava.

Permitiram-lhe falar ao presidente porque estava acompanhado do filho que sempre tinha acesso ao pai.

Sabe amiguinhos...este é o único meio pelo qual podemos nos chegar á Deus- Jesus Cristo, seu filho Unigênito.

Ele nos aceita como seu melhor amigo, e nos conduz para o céu.

Pieta e seu porquinho cor de rosa




"Pieta, esse é seu único vestido?", perguntou a missionária. A menina filipina, de semblante triste, timidamente olhou para ela. Então explicou: "Meu senhor é espanhol. Meu pai me vendeu para ele há muito tempo para pagar uma dívida. Ele não me deixa usar outro vestido, senão este feito de pano de saco".
A senhora Wightman, a missionária, olhou com pena para aquele pobre vestido. Era apenas um saco de farinha, velho e desbotado, virado de cabeça para baixo. Buracos rudes tinham sido feitos em baixo e nos lados do saco, para passarem a cabeça e os finos braços da menina. "Deixe-me fazer-lhe um vestido, Pieta", disse a senhora impulsivamente. "Seu senhor não irá ligar se ele não tiver que pagar, não é?"
Um olhar de medo atravessou o rosto da menina, enquanto ela abanava a cabeça vigorosamente. "Obrigada, mas a senhora não entende. Meu senhor é um beberrão e mui cruel. Se eu chegasse em casa com um vestido novo, ele ficaria desconfiado e bravo. Ele me espancaria e depois venderia meu vestido para comprar mais bebida. Ele diz que escravos devem usar as coisas mais fajutas porque não custam nada".
A senhora Wightman, uma jovem missionária nas Ilhas Filipinas, estava dando aulas diárias para crianças num grande pavilhão. Ela tinha descoberto que a hora da "siesta" (descanso depois do almoço) era uma ótima hora para ajuntar as crianças, pois os pais estavam contentes em tê-las longe de suas casas, para que eles pudessem descansar em paz. A classe tinha crescido e mais de cem meninos e meninas vinham correndo assim que a missionária aparecia. Quando as crianças entravam alegremente e barulhentas, Pieta ficava triste atrás das outras crianças com seu vestido gasto.
Um dia, a missionária chamou Pieta novamente ao seu lado. "Eu já decidi a respeito do seu vestido. Vou fazer-lhe um bonito vestido, igual ao que as outras meninas usam. Todo dia eu o trarei comigo para a classe e você o vestirá antes que os outros cheguem. Você poderá usá-lo enquanto as crianças estiverem aqui e, ao sair, o deixará comigo. Gostaria de fazer isto?"
O olhar de Pieta foi a resposta. "Oh! A senhora poderia fazê-lo de cor-de-rosa e com babados, por favor?" Ela sussurrou alegremente.
Nos dias seguintes, a radiante Pieta em seu bonito vestido cor-de-rosa, sentava na primeira fileira; seu faminto coração acolhia cada palavra das histórias bíblicas.
Era a Páscoa e a senhora Wightman contou a história do sofrimento e morte do Salvador Jesus pelos pecados do mundo. Inesperadamente, Pieta a interrompeu:
"Eu sei o que mais machucou o Senhor Jesus".
"O que você quer dizer, Pieta?"
"Algumas vezes, quando eu tenho sido malvada, o meu senhor fica bravo comigo e me pendura na cerca", disse a menina. "Ele amarra arame em volta do meu corpo até eu pensar que vou morrer. O arame machuca meus pulsos e a dor se espalha por todo o corpo, mas a dor mais terrível é bem aqui!" E ela pás a mão no seu coração. "é a dor mais terrível de todas e eu tenho certeza que foi isto que mais machucou o Senhor Jesus".
A missionária ficou chocada ao ouvir do tratamento cruel que a menina tinha sofrido, mas continuou: "Você está certa, Pieta. O Senhor Jesus sofreu mais no Seu coração. Não só por causa da terrível dor da crucificação, mas porque todos os nossos pecados foram postos nEle por Deus e então Deus O deixou sozinho para sofrer o castigo que nós merecíamos".
"Oh! Eu queria que Ele tivesse morrido por mim, também!" Pieta falou com ansiedade marcada em sua voz.
"Ele morreu por você, Pieta", assegurou-lhe a missionária. "Você pode recebê-Lo como seu Salvador agora mesmo!"
"Mas a senhora se esqueceu que eu sou uma escrava? Escravas não podem ser salvas, pois meu senhor me disse que uma escrava não tem alma".
Quão feliz estava a sra. Wightman em poder contar-lhe a história de Onésimo, no livro de Filemom. Apesar de ser um escravo e de ter pecado grandemente, Onésimo tinha aceitado O Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e foi perdoado. Então ela pediu a Pieta que, depois da aula terminar, ela ficasse para poderem conversar juntas.
Quando estavam sozinhas, depois dos outros terem ido embora, lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Pieta. "É maravilhoso que o Senhor Jesus me ama! Eu não consigo lembrar-me de outra pessoa que me tenha amado. Mas eu receio que sou muito ruim para pertencer a Ele!"
"Como assim, Pieta?"
"As vezes, meu senhor me manda à loja para comprar um repolho e eu lhe roubo uma das moedas para comprar um doce para mim. Outras vezes, quando ele é cruel para mim, eu cuspo na água que retiro da cisterna; outras vezes... bem, faço muitas coisas feias!"
"Pieta, é por causa destas coisas que o Senhor Jesus morreu. Jesus já pagou o castigo que você merece, ao morrer sobre a cruz. Ele quer ser seu Salvador".
"Eu quero pertencer a Ele? Como posso dizer-Lhe que eu O quero?"
"Você está lembrada do corinho que cantamos hoje, aquele que diz: 'lava-me e serei mais branco que a neve'? Por que você não pede para o Senhor Jesus fazer isto por você agora mesmo?"
Olhando para o céu, Pieta orou com simplicidade: "Senhor Jesus, lava-me e serei mais branca que a neve". Depois de um momento, ela disse tristemente, olhando para sua professora: "Ele não o fez. Eu me sinto como antes".
"Escute este versículo, Pieta: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo. O que a palavra "crê" significa na sua língua?"
"Significa 'confiar em alguém, aceitar que é assim', ela respondeu pensativa. "Já sei! Eu Lhe pedi que me deixasse mais branca que a neve. Não importa como eu me sinta. Eu posso confiar que Ele cumprirá Sua promessa e o fará!" O rosto molhado de lágrimas começou a brilhar. "Espere até eu contar para o meu senhor! Eu acho que ele não sabe nada sobre isto e eu quero que ele também seja salvo, pois ele é tudo que eu tenho".
No dia seguinte, quando a missionária ajudava Pieta a vestir o seu vestido cor-de-rosa, ela notou uma porção de machucados em seu magro corpo. Pieta explicou: "Meu senhor me xingou e disse que o que a senhora me ensina é tudo mentira e, depois, me bateu. Não sei porque ele estava bravo. É uma história tão boa! Ajude-me a orar para que um dia ele entenda que é uma história verdadeira a história de Jesus". E perguntou: "Haveria alguma coisa que eu pudesse fazer pelo Senhor Jesus por ter me amado tanto?"
A sra. Wightman deu-lhe a responsabilidade de todo dia varrer o pavilhão e, daquele momento em diante, ele estava tão lindo como uma menininha poderia deixá-lo.
Então vieram os dias de muita chuva e de vento. Ventos do nordeste curvavam os co-queiros e as bananeiras até o solo, arrancavam o telhado das casas e jogavam grandes ondas sobre a ilha. Torrentes de água caíam com fúria, era uma chuva que parecia interminável. Era um dos terríveis furacões e, quando a tempestade ter-minou, muitos estavam desabrigados e alguns tinham morrido.
Quando puderam ter novamente sua aula, os meninos e as meninas tinham muitas histórias excitantes para contar e algumas eram histórias bem tristes. A missionária reparou que Pieta estava sentada em seu lugar de costume, mas que não estava sozinha! A seu lado havia um porquinho cor-de-rosa!
"Ora, Pieta, de onde veio este porquinho?"
"Ele é todo meu!" Pieta respondeu com orgulho. "Quando a água corria por nosso quintal, este porquinho veio flutuando nela. Eu pensei que ele estava morto e quase estava. Eu o peguei com um pau e cuidei dele e agora está melhor. Eu já perguntei em todas as casas, mas ninguém sabe de onde ele veio ou quem é seu dono. Então, agora é meu!"
"Isto é muito bom", sorriu a missionária. "Mas seria melhor deixá-lo em casa, pois esta é uma classe para meninos e para meninas e ele poderá atrapalhar a aula".
Medo brilhou nos olhos escuros de Pieta. Ela pegou seu porquinho e o segurou com força. "Não! Não! Não! Eu nunca poderia deixá-lo em casa. Se ele não pode vir, eu tenho que ficar em casa com ele. A senhora não entende. Se eu o deixar em casa, meu senhor pode comê-lo ou vendê-lo e ele é meu porquinho! Ele é a única coisa que eu jamais tive que é toda minha. Ele é para mim algo muito importante!"
"Por que ele é tão importante assim para você?", perguntou a sra. Wightman.
"Quando ele estiver grande, gordo e forte, então eu o darei ao Senhor Jesus. Ele já me deu tanto e eu nunca tive nada para dar a Ele. Eu não estou deixando meu senhor alimentá-lo porque aí ele diria que o porco lhe pertence. Eu estou pedindo comida e lavagem aos vizinhos".
"Eu entendo, Pieta", assegurou-lhe a missionária. "Se você conseguir que ele fique quieto para não nos atrapalhar, você pode trazê-lo sempre".
E assim, o porquinho de Pieta se tornou um fiel membro da classe. Passaram-se semanas e até meses e a sra. Wightman podia ver que a menininha filipina estava tornando-se uma cristã firme. Seu porco também crescia! Um dia, ele apareceu com um laço vermelho em volta de seu gordo pescoço e o sorriso no rosto de Pieta levou sua professora a perguntar: "Hoje é um dia especial, Pieta?"
A menina disse com entusiasmo que "Hoje é o dia que quero dar meu porco ao Senhor. Veja como ele está grande e gordo! Eu não gosto do jeito como meu senhor fica olhando para ele. Amanhã é seu aniversário e eu receio que ele deseje fazer uma festa para seus amigos com meu porco. A senhora daria ele para o Senhor Jesus por mim, hoje?"
Depois de pensar cuidadosamente, a missionária perguntou: "Você gostaria que eu o levasse ao mercado e o vendesse? Poderíamos usar o dinheiro para comprar Bíblias e livrinhos que contam a história da salvação para darmos a pessoas que não ouviram do Senhor Jesus".
Pieta concordou e, depois da aula, a sra. Wightman e o porco de Pieta foram ao mercado. No dia seguinte, Pieta não veio à aula.
Quando três dias se passaram sem ela vir, a sra. Wightman perguntou se alguém sabia se ela estava doente. As crianças se entreolharam com medo. Então um menino disse: "A senhora não sabe? O senhor dela ficou tão bravo quando descobriu que ela tinha vendido seu porco e nem tinha o dinheiro que lhe bateu muito. Ele tinha planejado fazer uma festa com seus amigos. Surrou-a com tanta crueldade que um olho já foi e pensamos que ela está morrendo!"
Horrorizada e com temor no coração, a missionária despediu as crianças e correu para a pequena casa onde tinha sido informada que Pieta vivia com o espanhol. Era uma típica casa de um quarto, construída sobre paus para ficar por cima das águas durante as enchentes. Embaixo da casa, no meio dos porcos, frangos e lavagem, ela viu Pieta.
Engatinhando para baixo da casa, a missionária sentou ao seu lado e pegou a criança doente em seus braços. A pele quente de Pieta indicava a forte febre de que estava possuída e, enquanto a segurava, a menina teve uma convulsão. Lágrimas escorreram pelo rosto da missionária e ela disse: "Oh, Pieta! O que ele fez para você? O que ele fez para você?"
O pequeno corpo estava imóvel em seus braços. Após algum tempo a menina recuperou a consciência. Olhando para ela com seu único olho, Pieta perguntou com voz fraca: "A senhora está chorando? Por que está chorando? A senhora não está chorando por mim, está?"
A missionária não conseguiu responder e Pieta continuou: "Não chore por mim! Eu estarei no céu com o Senhor Jesus logo, logo, e estou tão contente por isso! Por favor, nâo chore por mim, eu mal posso esperar".
Então a sra. Wightman perguntou: "Você acha que conhecerá o Senhor Jesus quando estiver com Ele?"
Pieta respondeu: "Claro que O conhecerei! Ele é o único que terá marcas de pregos nas mãos e nos pés!" Após um minuto, ela sussurrou, olhando para cima de novo: "Quando eu for, a senhora orará por meu senhor, não é? Ele é tudo que eu tenho e eu quero que ele se salve".
Foi difícil para a sra. Wightman responder, pois as lágrimas a engasgavam. Ela sentia tanto ódio contra aquele homem, mas Pieta esperava a resposta e, finalmente, ela conseguiu falar: "Sim, Pieta, eu orarei por sua salvação".
Em poucos minutos, Pieta ficou imóvel em seus braços e a missionária percebeu que seu espírito tinha ido para junto do Salvador a Quem ela tanto amava. Segurando o corpo mole da criança, ela saiu de debaixo da casa e lentamente subiu os degraus. Abrindo a porta com o pé, ela entrou no quarto onde estava o espanhol, com uma garrafa na mão.
Por um momento, a missionária e o homem se encararam. Então, a senhora Wightman disse: "Olhe para Pieta! Ela está morta! Você a matou!"
"E eu com isso?", respondeu grosseiramente o homem. "Ela não tinha alma. Ela era somente uma menina escrava e eu tinha o direito de fazer o que queria com ela. Ela era minha propriedade".
A missionária estava tremendo, mas conseguiu responder: "Sim, ela tinha uma alma e você sabe disso. Pieta agora está no céu. Você é um assassino cruel aos olhos de Deus".
"Saia daqui! Eu não tenho nada a ver com Deus e nem com as coisas que você ensina! Saia daqui!"
"Eu irei num instante, mas antes tenho algo a lhe dizer. Um pouco antes de morrer, Pieta me pediu para fazer algo muito difícil. Ela pediu-me que orasse por você. Ela o amava, apesar de sua crueldade, e queria que se salvasse do castigo eterno. Eu guardarei minha promessa feita a Pieta. Eu orarei para que Deus lhe mostre como você é pecador e que você venha a Ele para obter Seu perdão".
Em casa, a missionária lavou os machucados de Pieta e a vestiu com seu vestido cor-de-rosa de que ela tanto gostava. Com alguns crentes filipinos, tiveram um enterro cristão. Então a sra. Wightman contou-lhes a história toda e Ihes pediu: "Orem comigo para que este homem cruel aceite o Senhor Jesus Cristo como seu Salvador".
Eles concordaram em orar e orar continuamente, até que este homem fosse salvo. Durante a quarta noite de oração, eles escutaram passos. Olhando para fora, viram o espanhol, cambaleando para dentro do quarto onde eles estavam.
"Há misericórdia em Deus para um homem tão cruel como eu?", ele perguntou. Seus olhos estavam vermelhos e parecia que não tinha comido nem dormido por algum tempo.
Caindo de joelhos, o homem esvaziou seu coração perante Deus, confessando o seu pecado e sua necessidade de Cristo como Salvador. Os crentes mostraram-lhe pela Palavra de Deus que a morte do Senhor Jesus no Calvário tinha pago a sua dívida e ele recebeu o dom da salvação de Deus.
A mudança na vida deste homem foi vista por todos. Imediatamente ele foi ter com seus colegas e lhes compartilhou o que Deus tinha feito por ele. Logo o seu testemunho estava ganhando outros para o Salvador.
A guerra veio com todos os seus horrores. Pearl Harbour foi bombardeada e os japoneses estavam em todo lugar, forçando os filipinos a se prostrarem diante do Imperador japonês. Um dia, o espanhol recebeu ordem para se prostrar.
Sem medo, ele disse que não, pois só adoraria o Deus vivente que o tinha salvo dos seus caminhos cruéis.
Houve um momento de espanto e de silêncio! A ordem foi repetida furiosamente. "Prostre-se para o Imperador ou morra!"
O espanhol não se moveu.
Uma ordem foi seguida de tiros e o espanhol estava com o Salvador a Quem ele aprendera a amar até à morte, e com Pieta, em resposta à sua oração!
Pieta e seu porquinho cor-de-rosa "Histórias Missionárias para Adolescentes" - Edições Cristãs, 1985.

A criação









A criação










22 de janeiro de 2013

16 de janeiro de 2013

A parábola do semeador


Certo homem saiu a semear... A parábola do semeador é a ilustração
de como é o coração humano, cada um tem uma forma peculiar.
Que possamos ter um coração fértil para que o Espírito Santo
possa frutificar em nossas vidas e que também estejamos dispostos
a nos tornar semeadores da Palavra de Deus.









A sementinha que não queria nascer


Histórias da Sementinha é um blog de histórias Bíblicas para professores que trabalham com o Ministério Infantil da Igreja, para pais que procuram histórias Bíblicas para seus filhos e para crianças que gostam de mergulhar no mundo das palavras, eis aqui uma historinha que não é bíblica, mas que fala da semente, que é o tema do blog, que deseja mostrar que a  semente da Palavra de Deus deve ser semeada nos corações e brotar para dar muitos frutos bons para Deus.











15 de janeiro de 2013

DEFINIÇÃO DE AVÔ




Trata-se de uma redação de uma menina de 8 anos, publicada em um jornal de Florianópolis - SC.

Um avô é um homem que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. Os avôs não têm nada para fazer, a não ser estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam nas flores bonitas nem nas lagartas. Nunca dizem: Some daqui! Vai dormir! Agora não! Vai pro quarto pensar!
Normalmente são gordos, mas mesmo assim conseguem abotoar os nossos sapatos. Sabem sempre o que a gente quer. Só eles sabem como ninguém a comida que a gente quer comer.
Os avôs usam óculos e, às vezes, até conseguem tirar os dentes. Os avôs não precisam ir ao cabeleireiro, pois são carecas ou estão sempre com os cabelos arrumadinhos. Quando nos contam histórias nunca pulam partes e não se importam de contar a mesma história várias vezes.
Os avôs são as únicas pessoas grandes que sempre têm tempo para nós. Não são tão fracos como dizem, apesar de morrerem mais cedo do que  nós. Todas as pessoas devem fazer o possível para ter um avô, ainda mais se não tiverem televisão.

8 de janeiro de 2013

Abubaquer


VERSÍCULO BÍBLICO PARA MEMORIZAÇÃO:
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” Mateus 6:6



Tudo aconteceu na época da 2ª Guerra Mundial. Exércitos inimigos invadiam as aldeias na Índia. Casas eram destruídas, pessoas morriam e famílias inteiras ficavam separadas.
Abubaquer era filho único, amava seus pais. Ele não queria imaginar que essa tragédia pudesse acontecer a ele. Ficar longe do pai? Nem pensar!



Todos os dias Abubaquer chegava da escola, almoçava com a mamãe, fazia o seu dever de casa e passava o resto da tarde na mercearia do pai. O pai vendia pão, leite, frutas, cereais, brinquedos feitos em madeira e pipas. Abubaquer ajudava o pai nas vendas. Ele ficava ansioso, olhando para o relógio, pois às 17 horas em ponto, o pai fechava a mercearia e os dois subiam uma montanha para soltar pipa. Abubaquer ficava tão feliz, ficar bem pertinho do papai era tudo o que ele queria.
p> Abubaquer era filho único, amava seus pais. Ele não queria imaginar que essa tragédia pudesse acontecer a ele. Ficar longe do pai? Nem pensar!


Em certas ocasiões, o papai dizia:
— Hoje não vai dar para brincar, soltar pipa. Eu tenho que pintar a cerca.”
Abubaquer dizia:
— Não tem importância, papai, eu só quero ficar pertinho de você, eu posso até mesmo lhe ajudar!
Estar bem junto do papai era tudo o que Abubaquer queria.

Num certo dia, porém, Abubaquer almoçava com a mamãe, o pai estava saindo para ir à mercearia, quando ouviram os gritos dos vizinhos:
— Fujam! Fujam! Soldados inimigos estão aí! Fujam!



Era tarde demais! O papai foi capturado. Um soldado enorme o agarrou e o levou. Abubaquer e a mamãe conseguiram fugir junto com outros vizinhos. Correram muito, foram o mais rápido que puderam...



O tempo passava lentamente. A mamãe conseguiu se estabelecer em uma nova aldeia. Ela conseguiu trabalho, conseguiu uma casinha para morar, uma nova escola para Abubaquer. Mas ele não queria reagir, não comia, não brincava com os novos amigos, não queria ir à escola...



Habubaquer só pensava no papai e no dia me que pudesse encontrá-lo novamente.
A mãe de Abubaquer estava muito preocupada, ela dizia:
— Abubaquer, você precisa reagir, sair dessa tristeza. Comer, brincar, ir à escola. Quem sabe, um dia, a gente encontra o papai.
— A mamãe tem razão! Eu preciso reagir! – pensou Abubaquer.
Ele decidiu ir à escola. Quando voltou, enquanto passava diante de uma casa, Abubaquer percebeu que algumas crianças estavam de joelhos, com as mãos postas, conversando com alguém. Elas estavam de olhos fechados e Abubaquer não entendia com quem elas falavam, pois ele não via ninguém por perto. Ele ficou muito curioso, queria saber com quem as crianças falavam! Abubaquer esperou. Quando um dos meninos saiu, Abubaquer perguntou:

— Ei, amigo! Com quem vocês estavam falando, eu fiquei tão curioso, quis ficar aqui esperando, só para perguntar.



O menino parou, olhou atentamente para Abubaquer e lhe perguntou:
— Abubaquer, você já ouviu falar de Jesus?
— Eu, não, quem é “Ele”?
— Ele é o único e perfeito filho de Deus, que veio do céu, nasceu como um nenê para morrer numa cruz e ser o nosso Salvador. Ele venceu a morte e ressuscitou para nos dar vida, vida eterna, que dura para sempre. Ele é tão poderoso, Abubaquer, que Ele faz existir as coisas que não existem (Romanos 4:17).
Deus criou tudo o que há apenas falando.
Abubaquer ficou tão impressionado, ele não conhecia nada sobre Deus, sobre Jesus... Ele pediu a Jesus que perdoasse os seus pecados.
Abubaquer se despediu do menino e foi embora.




No caminho, ele entrou numa venda, comprou uma pipa e escreveu nela um recadinho assim:
— Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha. Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa.
Abubaquer subiu na montanha mais alta e soltou a pipa. Ele deu toda linha que ele tinha. A pipa chegou bem pertinho das nuvens. Abubaquer pensou:
— Agora sim, Deus já leu o meu recadinho, a pipa chegou lá bem pertinho d’Ele!
De repente, a linha da pipa arrebentou e ela foi embora, caindo... Abubaquer pensou:
— Não tem problema, Deus já leu mesmo! Eu vou para casa esperar o papai chegar.
Em outra cidade, numa estação de trem, um homem esperava ansioso que os passageiros descessem. Era o pai de Abubaquer. Ele tinha esperança que Abubaquer e a mamãe descobrissem onde ele estava e fossem ao seu encontro. Ele ia todos os dias à estação e esperava a chegada do trem.Ele sempre ficava decepcionado.



Nesse dia, porém, ele percebeu que havia uma pipa presa no alto do último vagão. Ele se lembrou de Abubaquer, era a brincadeira predileta do filho. Ele correu até o trem, retirou a pipa e, para sua surpresa, leu:
— Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha. Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa.
Quando o pai leu aquele bilhete, pulou de alegria! Aldeia da Montanha é para lá que eu preciso ir.



O papai entrou na estação e foi rapidamente para a Aldeia da Montanha. Quando ele desceu do trem, entrou numa mercearia e perguntou ao dono:
— O senhor conhece um menino chamado Abubaquer?
As aldeias eram bem pequenas, todos se conheciam.
O homem respondeu:
— Conheço, sim. Ele mora na rua de cima, na terceira casa à direita.



O papai encontrou a casa, bateu na porta e Abubaquer veio atender. Quando ele viu o pai, gritou:
— Papai! Papai! Deus existe de verdade! Ele trouxe você de volta pra casa.
O pai abraçou Abubaquer, abraçou a mamãe. Ele queria saber sobre “Deus”, que é Todo Poderoso, que faz existir o que não existe.
O Deus que faz uma pipa voar quilômetros, só para que um pai reencontre a sua família.




DIREITOS AUTORAIS - Bruno Barroso e Shirley