11 de fevereiro de 2017

Jonas (Jonas 1:1-4:11)


Certo dia, o Senhor Deus disse a Jonas, filho de Amitai:

— Apronte-se, vá à grande cidade de Nínive e grite contra ela, porque a maldade daquela gente chegou aos meus ouvidos.

Jonas se aprontou, mas fugiu do Senhor, indo na direção contrária. Ele desceu a Jope e ali encontrou um navio que estava de saída para a Espanha. Pagou a passagem e embarcou a fim de viajar com os marinheiros para a Espanha, para longe do Senhor. No entanto, Deus mandou um forte vento, e houve uma tempestade no mar. Era tão violenta, que o navio estava em perigo de se partir ao meio. Os marinheiros ficaram com muito medo e gritavam por socorro, cada um ao seu deus. E, para que o navio ficasse mais leve, jogaram a carga no mar. Porém Jonas tinha descido ao porão e ali havia se deitado e caído num sono profundo.

O capitão do navio o encontrou ali e disse:

— Como é que você está aí dormindo? Levante-se e peça socorro ao seu deus. Pode ser que ele tenha pena de nós e não deixe a gente morrer.

Os marinheiros disseram uns aos outros:

— Vamos tirar a sorte para descobrir quem é o culpado de estarmos neste perigo.

Eles fizeram isso, e o nome de Jonas foi sorteado. Então lhe perguntaram:

— Agora diga: quem é o culpado de tudo isso? O que você está fazendo aqui? De onde você vem? De que país você é, e qual é o seu povo?

— Eu sou hebreu — respondeu Jonas — e adoro o Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a terra.

Em seguida, Jonas contou que estava fugindo de Deus, o Senhor. Aí os marinheiros ficaram mais apavorados ainda e disseram:

— Veja só o que você fez!

A tempestade piorava cada vez mais, de modo que os marinheiros perguntaram a Jonas:

— Que devemos fazer com você para que o mar se acalme?

Jonas respondeu:

— Vocês me peguem e joguem no mar, que ele ficará calmo. Pois eu sei que foi por minha culpa que esta terrível tempestade caiu sobre vocês.

Em vez de fazerem isso, os marinheiros começaram a remar com toda a força, tentando levar o navio para a praia; porém não conseguiam nada porque a tempestade piorava ainda mais. Então oraram bem alto, assim:

— Ó Senhor Deus, não nos castigues com a morte, por tirarmos a vida deste homem. Pois és tu, ó Senhor, quem está fazendo isso, e o que está acontecendo é da tua vontade.

Em seguida, os marinheiros pegaram Jonas e o jogaram no mar, e logo o mar se acalmou. Eles ficaram com tanto medo do Senhor, que lhe ofereceram um sacrifício e lhe fizeram promessas.

O Senhor ordenou que um grande peixe engolisse Jonas. E ele ficou dentro do peixe três dias e três noites.

Ali, de dentro do peixe, Jonas orou ao Senhor, seu Deus, dizendo:

“Ó Senhor Deus,
na minha aflição clamei por socorro,
e tu me respondeste;
do fundo do mundo dos mortos, gritei pedindo socorro,
e tu ouviste a minha voz.
Tu me atiraste no abismo,
bem no fundo do mar.
Ali as águas me cercavam por todos os lados,
e todas as tuas poderosas ondas rolavam sobre mim.
Pensei que havia sido jogado fora da tua presença
e que não tornaria a ver o teu santo Templo.
“As águas vieram sobre mim e me sufocaram;
o mar me cobriu completamente,
e as plantas marinhas se enrolaram na minha cabeça.
Desci até a raiz das montanhas,
desci à terra que tem o portão trancado para sempre.
Tu, porém, me salvaste da morte,
ó Senhor, meu Deus!
Quando senti que estava morrendo,
eu lembrei de ti, ó Senhor,
e a minha oração chegou a ti,
no teu santo Templo.
“Aqueles que adoram ídolos,
que são coisas sem valor,
deixaram de ser fiéis a ti.
Mas eu cantarei louvores,
e te oferecerei sacrifícios,
e cumprirei o que prometi.
A salvação vem de Deus, o Senhor!”
Então o Senhor deu ordem ao peixe, e ele vomitou Jonas na praia.

Pela segunda vez, o Senhor Deus disse a Jonas:

— Apronte-se, vá à grande cidade de Nínive e anuncie ao povo de lá a mensagem que eu vou dar a você.

Jonas se aprontou e foi a Nínive, como o Senhor Deus havia ordenado. Nínive era tão grande, que uma pessoa levava três dias para atravessá-la a pé. Jonas entrou na cidade, andou um dia inteiro e então começou a anunciar:

— Dentro de quarenta dias, Nínive será destruída!

Então os moradores de Nínive creram em Deus e resolveram que cada um devia jejuar. E todos, desde os mais importantes até os mais humildes, vestiram roupa feita de pano grosseiro a fim de mostrar que estavam arrependidos.

Quando o rei de Nínive soube disso, levantou-se do trono, tirou o manto, vestiu uma roupa feita de pano grosseiro e sentou-se sobre cinzas. Mandou também anunciar ao povo da cidade o seguinte: “Esta é uma ordem do rei e dos seus ministros. Ninguém pode comer nada. Todas as pessoas e também os animais, o gado e as ovelhas estão proibidos de comer e beber. Que todas as pessoas e animais vistam roupas feitas de pano grosseiro! Que cada pessoa ore a Deus com fervor e abandone os seus maus caminhos e as suas maldades! Talvez assim Deus mude de ideia. Talvez o seu furor passe, e assim não morreremos!”

Deus viu o que eles fizeram e como abandonaram os seus maus caminhos. Então mudou de ideia e não castigou a cidade como tinha dito que faria.

Por causa disso, Jonas ficou com raiva e muito aborrecido.

Então orou assim:

— Ó Senhor Deus, eu não disse, antes de deixar a minha terra, que era isso mesmo que ias fazer? Foi por isso que fiz tudo para fugir para a Espanha! Eu sabia que és Deus que tem compaixão e misericórdia. Sabia que és sempre paciente e bondoso e que estás sempre pronto a mudar de ideia e não castigar. Agora, ó Senhor, acaba com a minha vida porque para mim é melhor morrer do que viver.

O Senhor respondeu:

— Jonas, você acha que tem razão para ficar com tanta raiva assim?

Aí Jonas saiu de Nínive, foi para o lado onde o sol nasce e sentou-se. Depois, construiu um abrigo e sentou-se na sombra, esperando para ver o que ia acontecer com a cidade. Então o Senhor Deus fez crescer uma planta por cima de Jonas, para lhe dar um pouco de sombra, de modo que ele se sentisse mais confortável. E Jonas ficou muito satisfeito com a planta. Mas no dia seguinte, quando o sol ia nascer, por ordem de Deus um bicho atacou a planta, e ela secou. Depois que o sol nasceu, Deus mandou um vento quente vindo do leste. E Jonas quase desmaiou por causa do calor do sol, que queimava a sua cabeça. Então quis morrer e disse:

— Para mim é melhor morrer do que viver!

Mas Deus perguntou:

— Jonas, você acha que está certo ficar com raiva por causa dessa planta?

Jonas respondeu:

— É claro que tenho razão para estar com raiva e, com tanta raiva, que até quero morrer!

Então o Senhor Deus disse:


— Essa planta cresceu numa noite e na noite seguinte desapareceu. Você nada fez por ela, nem a fez crescer, mas mesmo assim tem pena dela! Então eu, com muito mais razão, devo ter pena da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil crianças inocentes e também muitos animais!

3 comentários:

  1. Adorei esse material muitíssimo obrigada por compartilhar

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    1. Por nada Cleidineia, espero que tenha sido muito útil. Um abração!

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  2. Essas são ótimas leituras para contar para os filhos à noite!

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