19 de dezembro de 2012

O burrinho problema



Atenção amiguinhos! Hoje ouviremos a estória:
‘O Burrinho Problema’





Numa bonita chácara, vivia seu João e sua família.
Como eles gostavam de Mimoso, o burrinho de estimação.




Mimoso era prestativo, acostumado a puxar carroça, e além do mais,
o único animal que eles possuíam!




Mas um dia, que tristeza! Precisando muito de dinheiro, resolveram vender o burrinho. 
Zézito correu preparar o Mimoso para a triste viagem ou despedida.




Pegou a raspadeira e pôs-se a escová-lo. ‘Mas... Que tal um banho? Pensou Zézito! 
Mimoso ficará com o pelo muito mais macio e brilhante! Quanta gente vai querer comprá-lo.




Muito bem! O burrinho estava lustroso e faceiro com um lindo cabresto no pescoço! 
E assim partiram seu João, Zézito e Mimoso.





O garoto ia puxando o burrinho para que este não se cansasse, e ele e o pai iam a pé.




De repente, um rapaz que passava de bicicleta, disse:
‘Será caduquice ou penitência? Rá, rá, rá... ’.




Seu João achou que o rapaz tinha razão.
Montou no animal e mandou Zézito puxá-lo. 
Andaram um pouco, e o menino já estava cansado.





Encontraram então uma senhora que, de olhos arregalados, exclamou:
 ‘Tem graça! Um marmanjo montado, e o coitadinho do menino a pé!’




Seu João achou que era isso mesmo e, estendendo a mão para o menino, 
o ajudou a montar no burro. Agora, quem ficou chateado foi Mimoso.
 Mas... A viagem continuou.




‘Quero ver o que vão dizer agora Zézito!’ 
Perto da cidade, viram uma banca de frutas, e o vendedor gritou: 
‘Não sejam tolos! Querem vender o animal e vão os dois montados nele?
Assim, quem vai chegar à cidade será à sombra do pobrezinho!’ 
Seu João: ‘Tá certo meu filho, acho que ele tem razão!’




‘Eu apeio, e você que é levezinho, vai montado.
 ’ E assim andaram quase um quilometro sossegado.




Porém, que surpresa ao verem ao verem um menino, curvado diante deles dizendo:
 ‘Bom dia, majestade!’ ‘Por que majestade?’ Indagou Seu João.
 ‘Por que, apenas reis andam assim, com um criado as rédeas!’
 Respondeu o menino. ‘O que? Criado eu? Que desaforo! 
Desce depressa, Zézito!’ Disse seu João. E o menino desceu.
 O senhor cansado de tanto palpites, teve outra idéia: 
‘Meu filho, agora é o Mimoso que vai descansar! 
Vou carregá-lo um pouco, e assim contentaremos a todos. ’




E então fazendo o maior esforço do mundo, pôs o burro nas costas e, 
quase caindo, continuou o seu caminho.





‘Olhem, olhem!’ Que gritos horríveis!
Era um grupo de meninos que vaiavam os nossos viajantes:
 ‘Uh, uh! Vejam três burros! Dois a pé, e um carregado. 
Qual deles é o mais burro?’ Seu João, irritado com mais uma crítica,
 tirou o burrinho das costas dizendo:




‘O mais burro sou eu! Pois venho dando ouvidos aos palpites de toda gente,
mas vejo que é impossível satisfazer a todos!
 De hoje em diante, darei ouvido apenas a voz da minha consciência! 
Zézito, paz com a consciência e bola pra frente!’




E... Já era quase noite , quando seu João e Zézito
deram meia volta em direção à fazenda, 
pois resolveram não mais vender o burrinho de estimação.



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