17 de dezembro de 2012

A BONECA PREFERIDA




Vera Lúcia era uma boneca de pano lindíssima. Antigamente as meninas gostavam muito de brincar com bonecas de pano. A dona de Vera Lúcia se chamava Rosa Maria. Os pais de Rosa Maria eram missionários e moravam na China, um país muito longe daqui. O pai de Rosa Maria era pastor, e estava sempre disposto a falar de Jesus, não importava o lugar ou a distância.


Rosa Maria era uma menina muito bonita e delicada, que amava demais sua boneca Vera Lúcia. Onde ia, levava Vera Lúcia com ela. Brincava, passeava, e até dormia com sua amiguinha inseparável.
A primeira coisa que Rosa Maria fazia pela manhã era abraçar Vera Lúcia. Ela gostava porque Vera Lúcia era muito macia, toda recheada de algodão, e, como era do tamanho de um bebê recém-nascido, usava todas as roupas de Rosa Maria quando era bebê.
Os pais de Rosa Maria viajavam muito. Eles já haviam morado no Japão, Alemanha, Rússia, França e Canadá. Já pensou se Vera Lúcia falasse, o que não teria para contar de tantos lugares?


Bem próximo da casa de Rosa Maria, havia um orfanato de meninas chinesas. Elas nunca haviam possuído um lar de verdade, até que pessoas bondosas e que amavam muito a Jesus, levaram-nas para aquele grande lar.
Algumas das meninas vinham de bairros bastante pobres e outras haviam sido vendidas pelos próprios pais.
O natal estava chegando e todos os anos, na manhã do dia de natal, os pais de Rosa Maria levavam-na para visitar essas pobres meninas do orfanato.


Durante o ano, Rosa Maria costumava juntar dinheiro e brinquedos dela e dos amigos para colocar aos pés da árvore de natal para aquelas meninas.
Naquele ano, cada menina receberia um vestido, um sabonete e um brinquedo. Para conseguir essa proeza, foi necessário muito trabalho, principalmente da mãe de Rosa Maria.
Cada noite Rosa Maria, no final de sua oração, dizia: “Querido Jesus, faça com que haja brinquedos suficientes para cada menina do orfanato”.



Certa noite, após Rosa Maria terminar sua oração e se deitar, sua mãe lhe disse:
– Filha, o que você vai colocar na árvore de natal este ano?
– Mamãe – respondeu Rosa Maria – eu tenho minhas economias que poupei durante o ano todo, mas é meu o dinheiro e com ele quero comprar um lindo presente para a senhora e outro para o papai.
- Mas, Rosa Maria – continuou a mãe, amorosamente – você tem tantos brinquedos, por que não dá a mais bela boneca da sua coleção?
Rosa Maria não era uma menina egoísta, mas ela amava muito sua companheira predileta – Vera Lúcia.
Ao mesmo tempo lembrava que Deus deseja que sejamos desprendidos e esse verso veio à sua mente: “De graça recebeste, de graça dai” (Mateus 10:8). Ela hesitou um pouco e em seguida disse:
– Sim, acho que posso, mas tenho que dar minha melhor boneca?
– Isto é com você – disse a mãe – mas não se esqueça do que Jesus disse: “O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram” (Mateus 25:40). Você compreende isso, não é Rosa Maria?
– Sim, mamãe.
Naquela noite Rosa Maria não dormiu imediatamente como de costume. Depois de muito pensar, chamou a mãe.
Aos ouvidos da mãe, a filha disse que era impossível dar Vera Lúcia:
– Não posso! Não posso! Todas menos essa! Eu tenho a Miranda, que é uma boneca linda, com cabelo de verdade, tenho outras para escolher, mas a Vera Lúcia não quero dar, por favor!

A mãe, vendo a agonia da filha, respondeu:
– Minha querida, dê o que você quiser. O presente será seu, não meu. Mas não se esqueça que Deus deu Seu único Filho para nos dar a oportunidade de salvação. Ele era rico e se fez pobre por nós e o preço de nossa salvação foi pago com sangue, Seu próprio sangue.
A mãe beijou-a e saiu, sabendo que sua filha nunca havia amado Miranda, embora fosse uma linda boneca.
Durante três ou quatro dias, Rosa Maria ficou bastante pensativa. Aproximava-se cada vez mais rápido o dia de natal, data em que ela devia tomar sua decisão.




Uma noite, quando Rosa Maria terminou sua oração, sua mãe ouviu-a repetindo essas palavras: “Por favor, querido Jesus, ajuda-me a fazer esse sacrifício”.
No outro dia, ao levantar bem cedo, orou novamente, agradecendo pelo repouso tranqüilo e logo procurou pela sua mãe, com Vera Lúcia nos braços.
– Mamãe, tome. Quero dá-la para Jesus.
A mãe ficou até com pena por aquela atitude bonita da filha e confirmou com ela se não seria Miranda que ela queria dar.
– Não – disse Rosa Maria – porque não é Miranda que eu amo e Deus amava a Jesus quando Ele O enviou ao mundo. Eu quero mesmo dar Vera Lúcia, que eu amo de verdade.
– Está bem – disse a mãe – se é essa sua decisão então vamos dar uma arrumada em Vera Lúcia. Vamos pentear seus cabelos, trocar a roupa e colocar uma fita nova no cabelo.
Depois disso tudo, o pai de Rosa Maria, com tinta e um pincel fino, deu um retoque nos olhos e na boca. Oh! Como Vera Lúcia ficou linda, ainda mais do que antes!


Enfim chegou a manhã de natal. Rosa Maria se arrumou toda e foi com seus pais para o orfanato. O pátio estava todo decorado e bem no centro estava uma linda árvore de natal, com muitas bolas brilhantes e coloridas, fitas, caixas de presentes e para a alegria de Rosa Maria, em um dos galhos, estava Vera Lúcia, com ares de grande importância.


Uma das meninas tinha chegado no orfanato exatamente um dia antes. Era muito pálida, magra e o seu corpinho estava coberto de manchas, por ter sido espancada pelas pessoas com as quais morava.
Os professores e as outras crianças tentaram fazê-la sorrir mas não conseguiram. A menina achava impossível alguém poder amá-la.
Em seguida os professores iniciaram a distribuição dos presentes e Rosa Maria ajudava. Quando a professora pegou Vera Lúcia para entregar, Rosa Maria abraçou-a fortemente e olhando para a professora disse:
– Esta boneca é para aquela menina ali no canto.
A menina nunca havia possuído um brinquedo antes, muito menos uma boneca como aquela.
A professora tomou a mão de Rosa Maria e juntas foram até onde se encontrava a menina novata.



A chinesinha ficou amedrontada, mas Rosa Maria colocou a linda Vera Lúcia em seus braços. Até parecia que a boneca sorria para aquela triste menina órfã. De repente ela entendeu que ninguém queria magoá-la. Ela deu um gostoso abraço em Vera Lúcia e sorriu pela primeira vez. Com isso Rosa Maria ficou super feliz.


Naquela noite, quando Rosa Maria foi dormir, sentiu como se faltasse uma parte do seu corpo, pois Vera Lúcia não estava mais com ela. Então, de repente, ela olhou para Miranda, abraçou-a e disse:
– Oh! Jesus querido, eu cumpri, eu cumpri! Eu fiz exatamente como Deus fez!



Rosa Maria adormeceu mais feliz do que todas as outras noites, porque tinha dado o melhor e mais querido de si para Jesus.
Que triste teria sido para Rosa Maria se a chinesinha tivesse recusado o presente que com tanto sacrifício e amor ela oferecia!
Como Deus deve ficar triste também quando tantas pessoas recusam aceitar o Seu presente maravilhoso, o Seu próprio Filho, o Senhor Jesus.


E você, também não quer aceitá-Lo agora como Salvador da sua vida?








4 comentários:

  1. Parabéns pelo blog, esta sendo uma bençao em nossas vidas! Que Deus sempre te ilumine.

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    1. Obrigada! Só quero que ele seja uma bênção mesmo! Um abração!

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  2. Eu gosto muito dessa história 😍

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  3. Eu gosto muito dessa história 😍

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