Queridos leitores...

No blog Histórias da Sementinha reúno histórias Bíblicas infantis para serem trabalhadas com as crianças, meu intuito é cooperar para que a Palavra de Deus possa chegar às crianças de forma lúdica, eficaz e verdadeira. As histórias contidas no blog foram coletadas na internet para o meu uso pessoal, com o tempo comecei a postar para deixá-las reunidas de forma a facilitar meu ministério diário, o que começou como uma simples coleção de histórias se espalhou e se tornou útil também para diversas pessoas, sendo mães, pais, avós e ministros do evangelismo infantil. Estou completamente aberta à sugestões e críticas CONSTRUTIVAS. Se for encontrado no blog qualquer erro de ortografia, irregularidade ou histórias que estão em desacordo com a Bíblia Sagrada peço que entre em contato comigo para que eu possa imediatamente corrigir, me retratar ou excluir a postagem, peço a compreensão de todos e apesar do meu pouco tempo disponível para a manutenção deste blog, espero que ele seja diariamente um instrumento de bênção na vida das pessoas, principalmente àqueles que possuem pouco ou nenhum recurso para a divulgação do Evangelho de Jesus Cristo nosso Senhor. Aproveitem as histórias, divulguem e não esqueçam de deixarem mensagens, farei questão de responder a cada uma! Que Deus abençoe cada visitante! Meditem Salmo 139.

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22 de abril de 2016

A história de um ovo

Um dia e isso não faz ainda muito tempo, um amigo meu estava andando descontraído por um bosque, quando algo chamou a sua atenção. Era um ovo, branquinho, com pintinhas. Aquele era um simples ovo… abandonado.


Ele ficou indignado: “mas aonde já se viu isso? Como se não bastassem inúmeras crianças abandonadas nesse país, agora estamos diante de casos de ovos, igualmente abandonados! Mas que passarinha mais sem coração esta, não?!” Movido pela compaixão social (ou seria, “compaixão zoológica?”), esse meu amigo recolheu o ovo e logo passou a imaginar: “que ave poderá nascer desse ovo?” pronto! Depois que fez essa pergunta, ele não sossegou mais. Seria uma galinha? Um papagaio falante? Ou seria um raro tucano, que estaria ali dentro? Dominado intensamente pelas perguntas, ele decidiu levar o ovo para casa.


Pegou madeira, serrote, pregos, martelos… e começou a trabalhar. Puxou uma extensão elétrica, aproximou uma luz, acomodou-o dentro de uma caixinha de lã da melhor qualidade, mediu a temperatura ambiente para ver se esta proporcionaria a possibilidade do ovo chocar e, depois de tudo preparado, ficaram ali por perto uns minutinhos: “puxa, deu um trabalhão. Só espero que valha a pena…”. Os dias se sucediam, e nada. Isso fez com que meu amigo passasse a observar demasiadamente o desenvolvimento da sua ideia, torcendo para que desse certo.





Aí, aconteceu! O ovo começou a chacoalhar. O meu amigo ficou ansioso. O ovo sacudia tanto, mas tanto, que até parecia que ia explodir. As primeiras rachaduras surgiram… o coração do meu amigo estava a mil por hora, e a ação do filhotinho dentro do ovo, também. Mas, para a sua surpresa não surgiu das cascas uma galinha, nem um papagaio falante ou um filhote de tucano de rara espécie. Aquele era o ovo de uma serpente…



Realmente, ele ficou um tanto desconcertado com o resultado. Tanto trabalho, tanto acompanhamento, e vai nascer logo um filhote de serpente? Tenha santa paciência… Esta foi a sua primeira reação. Mas, depois, passado o choque, ele raciocinou: “Sabe de uma coisa? Esta cobra até que não é tão feia, assim. É até bonitinha… e já vem com um chocalhinho na ponta, inteiramente grátis!” Ele decidiu adotá-la como seu animal de estimação, afinal neste mundo regido por uma sociedade careta, existiam aquelas pessoas estranhas, com animais de estimação mais estranhos ainda… Por que não ser diferente? Por que não possuir um animalzinho exótico? Gatinho, cachorrinho, passarinho… Todo mundo possuía. Cobra, daquela estirpe, não era para qualquer um não…


Não demorou muito, aquele meu amigo estava morrendo de amores pelo seu novo “hobby”: cuidar de um animal de estimação. Uma cobra… Por que não tratar aquela criaturinha mais encantadora do universo como a sua própria filha, hein?! Por que não? Repito: por que não?


Passavam-se os dias e a cobrinha ia se desenvolvendo muito bem. E quando tinha fome, sai de baixo, porque era uma fome daquelas! Quando o estômago roncava, o berreiro começava! A cobrinha se esgoelava de chorar, levando o meu amigo a largar tudo o que estivesse fazendo, para atender seu voraz apetite. “Calma, calma, a mamadeira e o papai estão aqui. Pare de chorar”. Umas três vezes ele se pegou falando assim…


No finalzinho da tarde, quando o sol não estava mais tão quente assim, os dois saíam para agradáveis passeios. A preocupação maior era para que o filhotinho de cobra não apanhasse gripe.


Não tinha uma noite em que o meu amigo não embalasse os sonhos do seu animal de estimação, cantando belas canções de ninar. Noite após noite. Ah! Como a serpente gostava de dormir ao som da sua voz.


Aquela cobra saiu rapidinho da fase infantil. Agora era uma cobra “Teen”, com direito a usar bonés de times de basquete e tudo mais. E possuía uma força daquelas! O meu amigo, que gostava de brincar descontraído com PEK (esse foi o nome carinhoso que escolheu para a serpentinha…) começou a perceber a força que PEK tinha, porém, tratava de desconversar: “ora, ora, até que ela é fortinha, mas quem tem o controle de tudo, sou eu…”


Depois de alguns meses, a cobrinha tinha crescido bastante. Já não era mais uma cobra “bebê”. Numa noite de muito frio, o meu amigo assistia a um programa de televisão, quando teve uma grata surpresa; a cobrinha começou a envolvê-lo “ Hei, o que é que está fazendo?” Perguntou, enquanto ria. Ela apenas olhava meigamente, enquanto continuava a enrolar-se nele. “Hei, até que esta não é uma má ideia!” E, por um bom tempo os dois permaneceram ali na frente da TV…


De tão orgulhoso que estava o meu amigo nem percebeu que a cobra havia mudado. O fascínio que nutria pelo animal, só o levava a enxergar virtudes no próprio. Mas grande verdade era que, a essa altura do campeonato, a cobra mudara, e muito. Logo ele iria perceber isso…


Quando foi um dia, o meu amigo retornou “morto” de cansado do trabalho. Durante o caminho ele só pensava em tomar uma boa ducha, uma boa refeição, e cair na cama. As duas primeiras partes do programa ele cumpriu direitinho, mas quando foi para a cama, quem estava lá? Exatamente a serpente. Com voz de nítida impaciência, ele foi enxotando a cobra do lugar: “mas o que é isso”? Vamos saindo daí, rapidinho, que estou morrendo de sono. Sai… sai! Um gatinho, um cachorrinho… teriam obedecido. Aquela serpente, não. Imóvel como estava imóvel ficou. O meu amigo interpretou aquela atitude como uma afronta a sua autoridade e partiu decidido para cima da cobra: “eu não queria isso, mas você me forçou a fazê-lo”. “Agora você vai levar uns tapas”. Ao aproximar-se para bater no animal, a serpente prontamente armou o bote e mostrou suas afiadas presas! Presas de serpente adulta, diga-se por sinal. E eram afiadas, afiadas… Diante da ameaça o rapaz recuou-se na hora! A cobra com ar de vitoriosa, apontou para o chão, como que avisando: “Até hoje, você comandava a situação, mas a partir dessa data, a casa tem um novo líder”. Quem comanda as coisas agora, sou eu e se você quiser dormir neste quarto, então, aproveita sem reclamar o tapete aí do chão. Pela primeira vez nessa história, o meu amigo se arrependeu de ter apanhado aquele ovo…


Com o passar dos dias, aquilo foi um enorme prazer, transformou-se numa incrível dor de cabeça. Aquela cobra brutamontes não dava sossego e nem largava do pé. O meu amigo perdeu todo e qualquer controle da situação e, se queria sair sozinho, para dar uma volta ou mesmo visitar algum amigo… Não tinha jeito. A cobra logo percebia, entrava no carro e ia junto.


E, quando sentia que não estava recebendo a atenção que julgava merecedora, ele logo dava um jeito de chamar a atenção para si. A situação ficou de um jeito que nem estudar ou trabalhar, o meu amigo podia mais…


Um dia quando meu amigo retornou do emprego e abriu a porta da sua casa se encontrou com a casa toda destruída! Pek tinha quebrado tudo!!! Que raiva!!!


Sustentar a Pek tinha se tornado insuportável. O dinheiro inteirinho do salário do meu amigo não era suficiente pra alimentar aquela cobra tão grande!!!!


Realmente, não tinha jeito de se livrar daquele peso. E com o passar do tempo, as exigências foram aumentando. Agora, a cobra não queria mais rastejar. Reclamava cansaço. Queria ser carregada, para cima e para baixo.


Até que chegou um dia. A serpente veio, começou a enroscar-se nele, imobilizando-o completamente. Ele reclamou: “Mas o que é isso?” Ela continuou o seu intento. Ele implorou: “Por favor, não faça isso comigo. Lembre-se de que fui muito bonzinho com você todo esse tempo. Por favor, pare!”. A essa altura ele já estava totalmente imobilizado…


Ela abriu a boca e em questão de segundos engoliu completamente o rapaz. A seguir, palitou os dentes, deu um enorme arroto de satisfação e foi rastejando-se por aí, deslizando a sua vitória.


Vomitando logo meu amigo que ficou inconsciente, quase morto.


Foi nesse momento que meu amigo percebeu que não poderia sozinho com a cobra e pegou um antídoto mortal que alguém tinha oferecido mas que nunca quisera aplicar e colocou na cobra. Que logo morreu debaixo do poderoso efeito do antídoto.


Que alívio!! Meu amigo era livre!!! E o grande vencedor!!! Depois de aplicar a vacina!


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